A queda de 0,07% do IPCA-15 em julho foi a mais intensa para o período desde julho de 2017, quando o indicador havia caído 0,18%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 25.
Se levados em consideração os demais meses, o recuo foi o mais intenso desde setembro do ano passado, quando o índice caiu 0,37%.
O resultado do IPCA-15 em julho foi mais negativo do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%,
No acumulado em 12 meses, o índice subiu 3,19%, o menor avanço desde setembro de 2020, quando a taxa foi de 2,65%. Nesta base de comparação, as projeções do mercado eram de avanço mais intenso (mediana em 3,23%, com intervalo entre 2,80% e 3,36%).
<b>Regiões</b>
A queda de 0,07% no IPCA-15 de julho ante junho foi resultado de quedas nos preços em seis das onze regiões pesquisadas, segundo o IBGE. A variação mais negativa foi em Goiânia (-0,52%), influenciada pela queda de 7,31% na energia elétrica residencial. Também houve queda nos preços no Rio de Janeiro (-0,30%), em Fortaleza (-0,22%), em Salvador (-0,20%), em São Paulo (-0,16%) e em Brasília (-0,14%).
A maior alta foi em Porto Alegre (0,34%), diante do aumento nos preços da gasolina (3,78%) e da passagem aérea (13,87%). Os preços também subiram em Recife (0,31%), Curitiba (0,15%), Belo Horizonte e Belém (de 0,10% em ambos os casos).