O clima foi quente no Vasco nesta quinta-feira por causa de um protesto de torcedores contra o CEO da SAF do clube, Luís Mello. Um boneco foi pendurado nos arredores de São Januário simulando o enforcamento do dirigente. Ele vestia uma camisa do rival Flamengo e tinha uma placa pendurada que dizia "Luís Mengo". Mello era sócio do clube rubro-negro quando assumiu o cargo no cruzmaltino. Clube e 777 Partners repudiaram o ato "covarde e criminoso."
"777 Partners e o Vasco repudiam de forma veemente os atos criminosos cometidos contra o CEO Luiz Mello, a quem prestamos nosso irrestrito apoio e solidariedade. É inaceitável que estes covardes que fingem ser torcedores se escondam atrás da paixão pelo Vasco e do anonimato para incitarem a violência", repudiou o clube. "É hora de colocar de uma vez por todas um fim a qualquer dúvida sobre a lealdade de Luiz Mello ao Vasco e ao nosso projeto."
O Vasco informou que seu Departamento Jurídico já acionou as autoridades cobrando apuração dos fatos e a identificação dos responsáveis de mais um ato de violência. Em junho, após a vexatória goleada sofrida pelo Flamengo, por 4 a 1 no Maracanã, torcedores já haviam cometido atos de vandalismo em São Januário ao disparar bombas e fogos de artifício e atirando pedras e garrafas no portão principal do estádio, no bairro de São Cristóvão.
"O futebol é a grande paixão do brasileiro, um esporte criado para promover alegria e interação entre os povos, um importante e histórico vetor social na luta contra todos os tipos de preconceito. O caso envolvendo nosso CEO, infelizmente, não é isolado. Anteontem (terça-feira), jogadores do Corinthians não puderam descer do ônibus para se concentrar em um hotel porque "torcedores" ameaçaram agredi-los. Ontem (quarta-feira), a partida entre Santos x Corinthians não terminou porque outros "torcedores" apontaram rojões e sinalizadores na direção dos atletas. Será que só vamos de fato enfrentar este problema quando estivermos enterrando um atleta, treinador ou diretor?", questionou o clube.
"Como já relatou outras vezes, o Vasco da Gama respeita o direito do seu torcedor de protestar e demonstrar insatisfação, mas condena (e seguirá condenando) todas as manifestações com teor agressivo e que coloquem em risco a vida de seus representantes, sejam eles dirigentes, membros da comissão técnica ou jogadores", afirmou. "Temos convicção de que este criminoso episódio não representa os valores defendidos pelos verdadeiros vascaínos, que esgotaram os ingressos da partida contra o Goiás, em mais uma prova de amor ao clube."