Estadão

Veiga fala em usar sentimento da última Libertadores como combustível por vaga

As recordações dos jogos finais da campanha vitoriosa da última edição da Copa Libertadores podem servir, na avaliação de Raphael Veiga, como combustível para o Palmeiras avançar a mais uma decisão do torneio continental. O meia entende que as partidas contra River Plate e Santos têm de estar na memória dos jogadores para que o elenco entenda a importância da competição e faça uma boa apresentação no duelo de volta da semifinal diante do Atlético-MG, nesta terça-feira, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Na ida, em São Paulo, as equipes empataram sem gols.

"Estamos muito preparados, motivados. Estávamos conversando no vestiário sobre a sensação que é ganhar uma semifinal, conquistar uma Libertadores. Então temos de trazer à memória aquilo que nos dá esperança, os sentimentos que tivemos na final, depois do River Plate (na semifinal) no ano passado. Saímos motivados porque sabemos o que representa o jogo. Esperamos fazer um bom jogo e que o Palmeiras vença", ressaltou Raphael Veiga.

O Palmeiras chegou nove vezes à semifinal da Libertadores em toda a história: 1961, 1968, 1971, 1999, 2000, 2001, 2018 e 2020, além da atual temporada. Nas outras oito vezes em que esteve nesta fase, o time alviverde foi à final em cinco oportunidades: 1961 (vice), 1968 (vice), 1999 (campeão), 2000 (vice) e 2020 (campeão). Busca, portanto, estar presente em sua sexta decisão e conquistar o seu terceiro título continental.

Para isso, terá de superar um rival muito forte e a instabilidade atual. A equipe não tem feito boas exibições e vem de um revés por 2 a 1 para o Corinthians no dérbi disputado no último sábado. O resultado negativo no clássico, na opinião de Raphael Veiga, não vai influenciar na atuação contra o Atlético-MG.

"Tem uma coisa que aprendemos aqui no Brasil. É mudar a chave, se adaptar ao próximo jogo rápido. Às vezes a gente ganha e nem comemora tanto, mas quando acontece algum resultado que não queríamos, não vamos ficar lamentando. A gente sabe que se vencermos vai apagar o que muitas pessoas falaram até aqui", opinou.

O elenco finalizou nesta segunda-feira, na Academia de Futebol, a sua preparação para o confronto. O técnico português Abel Ferreira comandou cerca de uma hora de atividades táticas. No treino, fez os ajustes e definiu a equipe que vai a campo no duelo decisivo.

O treinador passou orientações coletivas e individuais. Ao final dos trabalhos, os atletas treinaram cobranças de pênaltis e bolas paradas. Não há desfalques para a partida em Belo Horizonte. A tendência é de que o português repita a escalação que começou o jogo de ida com: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Piquerez; Felipe Melo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Dudu; Rony e Luiz Adriano. Danilo e Wesley despontam como possíveis novidades.

O Palmeiras avança à decisão pelo segundo ano consecutivo em caso de vitória ou qualquer empate com gols marcados. O clube defende no Mineirão o recorde de invencibilidade atuando como visitante na história da Libertadores com a sequência atual de 14 jogos – 10 vitórias e quatro empates.

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