Variedades

Velório marca último adeus a João Gilberto

O corpo do cantor e compositor João Gilberto foi velado nesta segunda-feira, 8, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O velório foi aberto ao público, enquanto o enterro, no fim da tarde, no cemitério Parque da Colina, em Niterói, foi restrito à família. João Marcelo Gilberto, filho do cantor e compositor João Gilberto, não compareceu ao velório. Segundo seu advogado, Gustavo Miranda, ele mora em Nova Jersey, nos Estados Unidos, e “está em processo de renovação de visto, além de passar por questões de saúde”. Já a filha do cantor, Bebel Gilberto chegou ao Rio, vinda dos EUA, no início da tarde do domingo.

João Gilberto morreu no sábado em seu apartamento, no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio. Ele estava com 88 anos e passava por problemas de saúde.

A cantora Adriana Calcanhotto passou pelo Theatro Municipal nesta segunda-feira.

Visivelmente emocionada, agradeceu ao músico por tudo o que ele fez pela música brasileira. “Foi muito profundo”, disse. “Pela síntese que fez do samba, pela batida de seu violão”. O cantor e compositor Jards Macalé e a atriz Glória Pires também estiveram no velório. As filhas do cantor, Bebel Gilberto e Luísa, também estavam presentes, bem como a ex-mulher Claudia Faissol e a viúva Maria do Céu Harris.

Uma pequena orquestra de cordas e um coral apresentaram versões de Chega de Saudade, uma das canções mais célebres na voz de João Gilberto, nas escadas do Theatro, e fãs de várias partes do mundo prestaram seus tributos.

“A música dele me lembra dos meus anos de adolescência”, disse Graciela de la Torre, fã argentina de 67 anos. “Aquele tom macio e rítmico é tão bonito. Nós dançávamos com os nossos namorados essas músicas.”

O alemão Josef Fitz, também presente no velório, disse que a arte de Gilberto “era emocionante. Era um tipo especial e novo de música”.

Jader Cruz, um carioca de 77 anos, contou que ouve as canções de João Gilberto desde que tinha 16. “Ele vai permanecer vivo dentro de nós, não vai morrer, sua música não vai desaparecer”, disse Cruz. “Ele deixou uma marca com aquela força que ele tinha, aquele amor e doçura quando tocava, isso é inesquecível.” (Com Associated Press)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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