A queniana Diana Kipyokei surpreendeu ao ganhar a Maratona de Boston em 2021 por se tratar de uma novata em disputas de longa distância – era sua terceira prova. Nesta sexta-feira, a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) anunciou que a atleta foi flagrada no doping e está suspensa preventivamente. Por enquanto, ela mantém a vitória em Boston, mas um julgamento no Tribunal Disciplinar da AIU vai analisar o caso e, se for descoberto que ela cometeu as violações, perderá o título e será suspensa por quatro anos.
A AIU está fechando o cerco contra corredores quenianos. Nesta sexta foi revelado que entre 2021 e 2022, 10 atletas do país africano testaram positivo para acetonido de triancinolona, e que somente outros dois corredores de outros países testaram positivo para a substância no mesmo período.
Mark Kangogo havia sido suspenso por três anos por doping semelhante na quinta-feira. Nesta sexta, a maratonista queniana Betty Wilson Lempus também recebeu a mesma punição de Kipyokei.
A vencedora da Maratona de Boston foi acusada de tentar obstruir e atrasar a investigação da AIU "através do fornecimento de informações ou documentação falsas." Não foram revelados os detalhes da obstrução de Kipyokei, mas a AIU disse que o teste após aquela corrida revelou a presença do metabólito de acetonido de triancinolona.
Trata-se de um glicocorticoide que é proibido em competições quando administrado por vias proibidas. Os atletas recebem isenção de esteroides que podem melhorar o desempenho atlético somente quando administrados de uma determinada maneira – durante os períodos de competição ou provar que foram administrados por uma via permitida. Na época, só podiam ser administrados por injeção, embora essa regra tenha mudado para permitir também a administração por outros meios.
Kipyokei, de 28 anos, está suspensa provisoriamente. A Maratona de Boston foi a terceira disputada por ela e a principal. Ela ganhou após correr em 2h24min45.