O desempenho histórico de Marrocos ao chegar às semifinais da Copa do Mundo do Catar é motivo de orgulho em toda a África. Para o presidente da Confederação Africana de Futebol, Patrice Motsepe, sonhar com o título mundial é uma meta possível. "Nosso objetivo de uma nação africana vencer a Copa do Mundo está vivo e ao nosso alcance".
O Mundial de 2026, que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México, pulará de 32 participantes para 48. O número de vagas distribuídas para os continentes também vai aumentar. A África tinha cinco e agora terá nove vagas diretas e uma para repescagem.
Marrocos foi uma das protagonistas desta Copa. Primeiro, a seleção garantiu a melhor campanha de uma nação africana em uma fase de grupos. Invicta, terminou com duas vitórias, um empate, quatro gols marcados e apenas um sofrido. Depois, os marroquinos eliminaram Espanha e Portugal nas oitavas e quartas de final, respectivamente, alcançando a semifinal do Mundial, feito inédito para uma seleção africana. Marrocos acabou caindo na semifinal para a França e depois foi derrotada pela Croácia na disputa do terceiro lugar.
"Quando fizermos um balanço geral, percebemos que jogamos em alto nível, enfrentando grandes seleções. Só fizemos grandes jogos e mostramos que a África trabalha muito bem, que estamos perto. França e Croácia estão acima de nós, mas pouco acima. Em 15 anos, uma seleção da África ganhará a Copa", declarou o técnico de Marrocos, Walid Regragui.
Mas não foram só os marroquinos que se destacaram no Mundial. As seleções africanas da Copa do Catar bateram, por muito, o recorde de aproveitamento do continente na primeira fase da competição mais importante do futebol desde que receberam cinco vagas. Somadas, Marrocos, Senegal, Tunísia, Camarões e Gana marcaram 24 pontos, com as duas primeiras avançando ao mata-mata. Além de ser um desempenho marcante, o feito também é importante por este ser o primeiro Mundial em que todas as equipes africanas são treinadas por técnicos do continente.