As vendas de cimento em fevereiro de 2021 totalizaram 4,7 milhões de toneladas, um crescimento de 14% em relação ao mesmo mês de 2020. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço foi de 11,8%, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Os principais indutores desse crescimento têm sido o aquecimento das obras imobiliárias e das pequenas reformas e obras domésticas, segundo o sindicato.
O resultado de fevereiro também foi ajudado pela maior quantidade de dias úteis de produção neste ano, já que muitas regiões tiveram feriados de carnaval suspensos. Outro ponto foi o desempenho mais fraco em fevereiro do ano passado por conta do excesso de chuvas na época.
A venda de cimento por dia útil – indicador que considera o número de dias trabalhados – em fevereiro de 2021 teve alta de 16,4% em relação ao mesmo mês de 2020 e aumento de 5,4% ante janeiro de 2021.
Se o cenário de demanda se mantiver aquecido, o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento espera continuidade dos aumentos porcentuais maio, mês em que se iniciou a recuperação do setor em 2020. Já a partir de junho, o setor terá uma base de comparação mais forte.
Em relação aos custos das mercadorias, o SNIC observa que há uma elevação nos preços das commodities, o que afeta o setor cimenteiro. Além disso, o câmbio tem pressionado os custos não só do insumo, mas também da indústria em geral.
O SNIC pondera ainda que há uma piora nos indicadores de confiança em razão de um conjunto de fatores, como o "brutal" agravamento da contaminação e óbitos no Brasil, o fim dos benefícios emergenciais, a insegurança sobre o desempenho da economia e a recuperação do mercado de trabalho. Isso tudo está "abatendo o otimismo", segundo descreveu o sindicato, em nota.
"É fundamental, portanto, que a campanha de vacinação e as reformas estruturantes sejam aceleradas, para a retomada do crescimento econômico no País", pede o SNIC.