As vendas de bens duráveis devem crescer 6% em 2018 ante o ano passado, segundo projeção da GfK e da 4E Consultoria. Com esse crescimento, o faturamento do setor pode chegar a R$ 107,2 bilhões, o que significa voltar ao patamar de 2014, antes de a crise econômica derrubar as vendas.
Apesar da previsão ser de crescimento, a estimativa representa uma desaceleração ante o ritmo de expansão do ano passado, que foi da ordem de 11%. A GfK monitora as vendas de produtos como eletrodomésticos, itens de telefonia e informática.
A diretora de Negócios da GfK, Gisela Pougy, pondera que a estimativa leva em conta um cenário em que o resultado das eleições presidenciais deste ano seja entendido como favorável ao mercado. “Essa é a expectativa levando em consideração que o presidente eleito, seja qual for, enderece as reformas necessárias para o País”, concluiu.
Entre os fatores que impactam os resultados do setor este ano estão os efeitos da greve dos caminhoneiros, que reduziu sobretudo as vendas por internet. Em maio as vendas de duráveis na internet chegaram a ser de 30% do total antes da greve, porcentual que caiu para 22% nas semanas afetadas pela crise.
O resultado do ano dependerá ainda do desempenho durante a Black Friday, principal evento sazonal para o setor. A projeção da GfK e da 4E é de desaceleração nas vendas da Black Friday no segmento de duráveis. Este ano, a expectativa é de alta de 5% nas vendas do período promocional, enquanto em 2017 houve crescimento de 11%.