O mercado imobiliário na cidade de São Paulo teve aumento nas vendas de imóveis em maio, sinalizando resiliência do setor diante da inflação e dos juros em alta. Por outro lado, os lançamentos recuaram. Os dados fazem parte de pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) antecipada nesta sexta-feira, 1, para o <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O levantamento registrou a venda de 6.838 imóveis residenciais novos em maio, o que representa um crescimento de 16,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2021 a maio de 2022), as vendas totalizaram 69.614 unidades, o equivalente a uma expansão de 14,9% em relação aos 12 meses anteriores (junho de 2020 a maio de 2021).
A pesquisa também apontou lançamentos de 7.631 apartamentos em maio, volume 9,6% menor na mesma base de comparação anual. Já em 12 meses, os lançamentos totalizaram 84.352 unidades, um aumento de 16,2%.
Apesar do número maior de vendas, houve uma redução no ritmo em que os imóveis são escoados. A velocidade de vendas em maio foi de 9,8%, patamar inferior aos 11,5% registrados um ano antes.
Nos últimos 12 meses, a velocidade foi de 53,7%, nível abaixo dos 57,8% dos 12 meses anteriores. O indicador considera o total de imóveis vendidos em relação ao estoque total disponível no período.
A capital paulista encerrou maio com um estoque de apartamentos (unidades na planta, em obras e recém-entregues) de 62.675 unidades disponíveis para venda, um salto de 38,8% em comparação com maio de 2021, quando era de 45.154 unidades.
Esse salto se deve ao recorde de lançamentos no ano passado, que vem desacelerando nos últimos meses. O Secovi-SP estima que os lançamentos devem alcançar 65 mil a 70 mil apartamentos em 2022. No caso das vendas, a previsão é que fiquem entre 55 mil a 60 mil unidades.
<b>Casa Verde e Amarela</b>
Os imóveis enquadrados no programa Casa Verde e Amarela (CVA) representaram 55% das unidades vendidas e 52% das unidades lançadas em maio. Esses imóveis são os que têm maior demanda e mostraram uma velocidade de vendas de 13,2% no mês, portanto, ficando acima da média do mercado imobiliário.
Desde o ano passado, foi atualizada a faixa limite de preços dos imóveis do programa Casa Verde e Amarela para compensar o aumento nos custos dos materiais e a necessidade de as empresas subirem o preço final das moradias. Com isso, o teto subiu para R$ 264 mil na cidade de São Paulo, ajudando a desafogar novos projetos.