A atividade do comércio recuou 16,2% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta terça-feira, 7, a Serasa Experian. É a maior queda da série histórica do Indicador de Atividade do Comércio da empresa, que acompanha o setor desde 2000.
Todos os setores que compõem o indicador registraram queda na margem. Os destaques foram Veículos, Motos e Peças, com retração de 23,1%, e Materiais de Construção, com queda de 21,9%.
Também tiveram retrações acima dos dois dígitos Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (-19,3%) e Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (-16,6%). As menores quedas foram observadas em Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (-8,1%) e em Combustíveis e Lubrificantes (-5,5%).
"Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais, como Veículos e Materiais de Construção. Na contramão estão áreas essenciais, como Supermercados e Combustíveis, cujo impacto foi menor pelo consumo e necessidade de abastecimento das cidades", afirma, em nota, o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Na comparação com março de 2019, as vendas do varejo tiveram retração de 13,7%, com destaque para Veículos, Motos e Peças (-26,3%) e Materiais de Construção (-17,9%). Também nesta base, todos os setores pesquisados tiveram retração: Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (-15,1%), Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (-11,1%) e Combustíveis e Lubrificantes (-8,7%) e Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (-2,4%).