Economia

Vendas no varejo paulista caem 8,4% no 1º trimestre, diz ACSP

As vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo caíram 9,8% em março ante o mesmo mês de 2014 e 8,4% no primeiro trimestre do ano na comparação ao mesmo período do ano passado, conforme a pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgada nesta terça-feira, 26. No acumulado de 12 meses, a retração nas vendas é de 2,1%. O levantamento considera as vendas físicas do varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, os números mostram que a desaceleração nas vendas “prossegue e se acentua”. “O comércio sofre os efeitos negativos do aumento da inflação, da diminuição da massa salarial, do crescimento do desemprego e da restrição ao crédito, resultando em queda da confiança do consumidor”, afirmou Burti, em nota.

De acordo com as estimativas da entidade, a tendência é que a desaceleração das vendas se aprofunde no segundo trimestre e o ano pode terminar no campo negativo.

Setores

O levantamento da ACSP mostrou ainda que todos os setores do varejo tiveram queda nas vendas físicas no primeiro trimestre, com destaque para os produtos que possuem maior valor ou são mais dependentes de crédito. Segundo a pesquisa, as vendas nas concessionárias de veículos tiveram retração de 16,5% no trimestre, sendo que somente em março a queda foi de 9,5% ante o ano anterior.

Já nas lojas de material de construção foram registradas quedas de 11,5% no trimestre e de 10,3% em março – em relação a 2014. No setor que inclui lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos houve recuos de 9,5% nos três primeiros meses do ano e de 9,3% em março.

Para Burti, “chama a atenção o fato de que até mesmo as vendas de artigos de uso mais essencial, das farmácias e supermercados, e de itens de menor valor, apresentaram contrações”. Segundo a pesquisa, nas farmácias e perfumarias as vendas tiveram retração de 1,1% no trimestre e de 0,6% em março em relação aos mesmos períodos de 2014. Nos supermercados as quedas foram de 4% e 8,5% nas mesmas comparações.

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