As vendas no varejo paulistano subiram, em média, 2,7% na primeira quinzena de março ante o mesmo período de 2014, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgado nesta segunda-feira, 16. As vendas à vista subiram 1,3% no período, já as vendas a prazo tiveram alta de 4,1%. Apesar dos resultados positivos, a ACSP ressalta que a primeira quinzena de março do ano passado é uma base fraca de comparação, por conta do carnaval que aconteceu naquele período e do impacto para o comércio.
Quando comparado à primeira quinzena de fevereiro de 2015, o resultado deste início de março aponta uma queda de 4,5% nas vendas à vista e uma elevação de 8,8% nas vendas a prazo. Para o presidente da ACSP, Rogério Amato, o recuo nas vendas à vista é explicado pelo impacto do “tarifaço” no orçamento dos consumidores. “Diante desse aperto orçamentário, não sobram recursos para compras à vista de produtos como roupas, calçados e artigos para residência”, afirmou, em nota, destacando a alta nos preços de energia, combustíveis e alimentos.
No caso da alta das vendas a prazo, a explicação de acordo com a ACSP é novamente o carnaval, que neste ano caiu na primeira quinzena de fevereiro, esvaziando o comércio, e ampliando os resultados de março.
Acumulado do ano
No acumulado do ano, entre 1º de janeiro de 2015 a 15 de março, as vendas no varejo paulistano caíram, em média, 4,55% ante o mesmo período de 2014. As vendas à vista tiveram uma queda de 5,1% no período, já as vendas a crédito recuaram 4% nos primeiros 75 dias de 2015 sobre os mesmos dias de 2014.
O Balanço da ACSP mostrou ainda que entre 1º de janeiro de 2015 a 15 de março o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) registrou queda de 8,5% sobre igual período de 2014. Segundo Amato, essa redução também é explicada pela cautela do consumidor com o momento econômico e mostra que a inadimplência está sob controle. “Isso deve permanecer, desde que a taxa de desemprego não suba”, afirmou o presidente da ACSP.
O Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que aponta os pagamentos de dívidas por parte dos consumidores, caiu 7,6% nos primeiros 75 dias do ano ante o mesmo período de 2014. A principal explicação, de acordo com a ACSP, é que não há muitas dívidas novas contraídas, “diminuindo a necessidade de o consumidor realizar renegociações”.