O comércio eletrônico brasileiro registrou quedas de desempenho no mês de abril. O tombo foi de 8,48% no volume de vendas e de 12,77% no faturamento em comparação com o mês anterior. Além disso, houve queda de faturamento na comparação de abril deste ano com o mesmo mês de 2021. Nesse caso, a baixa foi de 6,45%. Já o volume de vendas teve leve alta de 1,52% na comparação com abril do ano passado. Em contrapartida, no acumulado do ano, o crescimento de volumes vendido segue em 9,63% e em 6,27% no faturamento.
Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela NeotrustMovimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).
Para a coordenadora do Ciclo Micro e Pequena empresa (MPE) da camara-e.net, Renata Carcalho, a queda brusca de abril em relação a março é sazonal. "Historicamente, abril sempre foi um mês de quedas no comércio em geral, não apenas no e-commerce. Parte do motivo pelo qual é um período menos aquecido, é que os consumidores dispendem seus recursos com lazer, em razão dos feriados existentes nessa época", afirma.
<b>Participação do e-commerce no comércio varejista</b>
Em março de 2022, o e-commerce representou 13,2% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção).
No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,4%.
Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de maio.
Para compor o índice, a NeotrustCompre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro.
Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV. Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pela NeotrustMovimento Compre & Confie.