Economia

Vendas reais em supermercados crescem 2,69% em janeiro, diz Abras

Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de 2,69% nas vendas no mês de janeiro ante igual mês do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador considera as vendas deflacionadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em termos nominais, sem descontar a inflação, o crescimento das vendas chegou a 5,3% na comparação com janeiro de 2017.

Comparado com dezembro do ano passado, o resultado é uma queda real de 21,44%. Em termos nominais, o recuo ante dezembro é de 21,21%.

A Abras considerou em nota que os números sinalizam uma retomada do ritmo de crescimento do varejo brasileiro. A entidade projeta elevação de 3% nas vendas em 2018.

Páscoa

Os empresários do setor de supermercados estão mais otimistas para as vendas de Páscoa deste ano em comparação com 2017, segundo levantamento da Abras. De acordo com a entidade, 32,9% dos varejistas acreditam que as vendas este ano serão superiores às do ano passado. Em 2017, esse indicador era de apenas 12,1%.

Apesar do crescimento do otimismo, a perspectiva é de um crescimento ainda modesto nas vendas de produtos sazonais. A entidade calcula, com base nas encomendas dos varejistas feitas junto aos fornecedores, que as vendas de Páscoa podem aumentar 0,2% em termos nominais este ano.

A alta nas vendas, no entanto, ainda deve ser sustentada por crescimento dos preços e não do volume de itens negociados. A entidade afirma que a variação média dos preços de itens de Páscoa chega a 2,5% na comparação anual. Descontando essa variação, as vendas em 2018 podem encolher em termos reais.

A Abras acredita ainda que os ovos de páscoa estão gradualmente voltando a ser uma aposta dos varejistas. Embora itens mais baratos, como caixa de bombom, ainda apresentem um crescimento de encomendas mais acelerado, a entidade espera que os ovos de páscoa pequenos (de até 150g) tenham um crescimento nominal de 0,5%, ante redução de 5,9% em 2017.

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