O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira, 16, o fechamento da sede diplomática do seu país no Equador, em apoio ao México, depois da invasão da polícia equatoriana à embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que se refugiava ali.
"Ordenei fechar a nossa embaixada no Equador, fechar o consulado em Quito, fechar o consulado em Guayaquil e que o pessoal diplomático retorne imediatamente à Venezuela (…) até que o direito internacional seja expressamente restaurado no Equador", disse Maduro em seu discurso em uma cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), cuja presidência temporária é exercida por Honduras.
A operação policial para capturar Glas, na noite de 5 de abril, horas depois de o México ter concedido a ele asilo político, foi condenada por 30 países e organizações mundiais e regionais como a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA). O governante socialista ainda exigiu que o Equador entregue Glas ao México.
Maduro deu ordem ao encarregado de negócios – chefe da missão diplomática venezuelana no Equador -, Pedro Sassone, para retornar ao país "até que o direito internacional seja expressamente restaurado".
O ditador venezuelano indicou que a invasão da polícia equatoriana à embaixada do México foi um "ato de barbárie" e criticou o presidente do Equador, Daniel Noboa, por defender o ataque.
"As declarações que o presidente Noboa deu são, mais do que um ato de provocação contra o México, um ato de provocação contra o direito internacional e um desprezo absoluto por todo o marco jurídico", disse Maduro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)