Só deu América do Sul na Copa América Masculina de Basquete. Se o Brasil caiu na primeira fase da competição, com campanha vexatória, Argentina e Venezuela venceram as duas semifinais de sexta-feira à noite, na Cidade do México, avançaram à final do torneio e, mais importante que isso, carimbaram passaporte para os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. Porto Rico, Canadá e México jogarão os Pré-Olímpicos Mundiais.
A campanha mais surpreendente foi da Venezuela. O Canadá, com um elenco repleto de jogadores da NBA, era favoritíssimo na primeira semifinal da noite. Faltando 3min19s para o fim da partida, os canadenses venciam por sete pontos: 75 a 68. Mas aí Guillent começou a jogar. Acertou duas bolas seguidas de três, fez oito pontos em sequência e virou a partida para a Venezuela.
Faltando 24 segundos para o fim, Nicholson teve dois lances livres para virar o jogo para o Canadá, mas só converteu um. Com o jogo empatado em 78 pontos, a Venezuela teve a posse de bola, Guillent arremessou, mas falhou. Gregory Vargas pegou o rebote e sofreu falta com o cronômetro praticamente zerado. Falhou no primeiro lance livre, mas acertou o segundo, colocando a Venezuela na Olimpíada.
A classificação é apenas a segunda da história da Venezuela, comandada pelo argentino Néstor García, que deu show na comemoração. A outra participação dos venezuelanos foi em Barcelona, em 1992.
FESTA ARGENTINA – Em seguida, foi a vez da Argentina representar bem a América do Sul. Depois de um jogo parelho, que chegou ao fim do terceiro quarto empatado, os argentinos deram um show defensivo no último período, só levaram oito pontos, e venceram o México por 78 a 70, calando a torcida da casa.
Luis Scola, sempre ele, foi o herói da classificação, com 22 pontos e 10 rebotes. Andreas Nocioni, outro veterano campeão olímpico, somou 16 pontos e 13 rebotes. Os dois não saíram de quadra por um segundo sequer durante a partida que levou a Argentina ao Rio. Outro jogador lendário, Manu Ginóbili, foi até a Cidade do México para ver o jogo das arquibancadas.
Com a atuação diante do México, Scola chegou a 1.292 pontos na história das Copas Américas de Basquete e se tornou o maior pontuador do torneio, superando o brasileiro Oscar Schmidt.