A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, confirmou na noite de sábado, 20, o apoio ao candidato Edmundo González Urrutia para enfrentar o ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela em julho. Ele foi escolhido após María Corina ser impedida de disputar o pleito.
O nome de Urrutia foi definido na sexta pela coalizão Plataforma Democrática Unitária (PUD), liderado por María Corina, após semanas de discussão sobre quem a substituiria. Ele havia sido inscrito de forma provisória pouco antes do fim do prazo eleitoral para garantir a presença da coalizão nas cédulas eleitorais.
Apesar de ter sido uma escolha da coalizão, havia dúvidas se María Corina se engajaria em apoio a Urrutia. Ela defendeu o nome da homônima Corina Yoris como sua substituta, mas esta também não conseguiu se inscrever, por razões não esclarecidas.
O apoio da opositora é visto como essencial para a oposição. No ano passado, a política venceu as primárias do PUD com mais de 90% dos votos, e analistas acreditam que boa parte pode ser transferido para o candidato que ela apoiar. "Estamos unidos e fortes", disse Corina em um vídeo publicado nas redes sociais. "Já estamos na cédula e temos um candidato que foi apoiado por todos os partidos políticos e bons cidadãos".
Ontem, Urrutia se pronunciou para confirmar a candidatura. "Aceito a imensa honra e responsabilidade de ser o candidato de todos aqueles que querem mudanças por meios eleitorais", disse.
O candidato irá disputar as eleições contra Maduro e outros 12 oponentes, a maioria visto como apoiadores do governo venezuelano. Urrutia é diplomata de carreira e atuou como embaixador na Argentina e na Argélia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)