Atrapalhada por uma série de desfalques graças a um surto de covid-19, a Venezuela voltou a campo neste domingo e fez mais uma partida de superação na Copa América. Com um gol marcado por Hernández, aos 45 minutos do segundo tempo, a equipe do técnico José Peseiro buscou um empate por 2 a 2 diante do Equador, no Engenhão, em jogo válido pela terceira rodada do Grupo B, do qual o Brasil faz parte.
Autor do gol do empate, Hernández é um dos 15 atletas convocados para substituir aqueles que testaram positivo para covid-19 antes da estreia. O lateral, no entanto, não foi o único destaque da partida, já que o goleiro Fariñez também foi fundamental para garantir o resultado, com uma grande defesa aos 50 minutos dos acréscimos.
Com o novo empate heroico, após igualdade sem gols com a Colômbia, os venezuelanos somam o segundo ponto no torneio continental e seguem na briga pela classificação. O próximo compromisso da equipe será no domingo que vem, em encontro com o Peru. Já o Equador, em quarto lugar, com um ponto, ainda tem dois jogos pela frente: contra o Peru, na próxima quarta-feira, e contra o Brasil, no próximo domingo.
Mais uma vez precisando superar as baixas e as próprias limitações, a Venezuela entrou em campo muito fechada, com duas linhas de marcação, na esperança de conseguir encaixar algum contra-ataque para surpreender os adversários. Assim, o Equador passava a maior parte do tempo no campo de ataque, e até dava bastante espaço na defesa, mas os venezuelanos, limitados à interceptação dos lances equatorianos, não conseguiam responder.
Melhor, mas longe de uma grande apresentação, a seleção comandada por Gustavo Alfaro precisou de um lance de bola parada para tirar o zero do placar. Aos 38 minutos, o bate-rebate foi instaurado na área após levantamento de Estupiñàn, em cobrança de falta, e a bola sobrou para Ayrton Preciado colocar na rede. O árbitro confirmou o gol após com auxílio do VAR.
O segundo tempo começou com sinais de que não seria muito diferente da etapa inicial, mas a Venezuela surpreendeu logo aos cinco minutos, quando Castillo invadiu a área, sozinho, e usou a cabeça para empatar, aproveitando belo cruzamento de Martínez. A virada quase saiu três minutos depois, em novo cabeceio, dessa vez de Campana, mas Fariñez fez grande defesa.
Depois de diminuir o ritmo, a Venezuela segurou um pouco mais a pressão equatoriana e teve nova oportunidade de virar aos 24 minutos, em um chute de Cásseres que parou na trave. A chance desperdiçada custou caro.
No minuto seguinte, o atacante Plata, ainda inteiro em campo após entrar no lugar de Mena, arrancou do campo de defesa até ficar cara a cara com Fariñez, que conseguiu a defesa, mas deu o rebote. Então, Plata teve nova chance e se redimiu marcando o segundo gol equatoriana. Mais uma vez, o árbitro precisou de alguns minutos antes de confirmar o gol.
O jogo caminhava para consagrar Plata como herói do jogo, mas o heroísmo mudou de lado. Aos 45 minutos, o lateral-direito Hernández, que havia entrado no lugar de Cumaná alguns minutos antes, se movimentou bem e apareceu sozinho na área para receber lançamento, com Arboleda dando condições. O venezuelano nem pensou em dominar a bola e mandou de cabeça para o fundo do gol. A vitória foi garantida com um grande defesa de Fariñez, aos 50 minutos, após cabeceio de Martínez.
FICHA TÉCNICA:
VENEZUELA 2 x 2 EQUADOR
VENEZUELA – Fariñez; Velázquez, Adrián Martínez e Del Pino Mago; Alex González, Edson Castillo, Moreno (Richard Celis), José Martínez (Hurtado), Cásseres (Manzano) e Cumaná (Henández); Aristeguieta (Córdova). Técnico: José Peseiro.
EQUADOR – Ortíz; Ángelo Preciado, Arboleda, Hincapié e Estupiñán; Jhegson Méndez (Noboa), Moisés Caicedo, Mena (Plata) e Ayrton Preciado; Campana e Valencia (Franco). Técnico: Gustavo Julio Alfaro.
GOLS – Ayrton Preciado, aos 38 minutos do primeiro tempo. Edson Castill, aos 5, Plata, aos 25, e Hernández, aos 45 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Ángelo Preciado, Valencia e Moisés Caicedo.
ÁRBITRO – Roberto Tobár (Chile).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).