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Verde é quem abraça o desafio

Artigo de George Costa e Silva, diretor-executivo da Fundação Toyota do Brasil

Empresas “verdes” são, de fato, mais respeitadas. Mas quais ações efetivamente permitem que se construa a reputação de uma empresa? Plantio de árvores? Apoio a projetos sustentáveis? Programas motivacionais de economia de água e energia?

Quando a regulamentação das emissões de veículos automotivos engatinhava, a Toyota impôs em sua agenda de prioridades o desafio de tornar suas operações mundiais ambientalmente sustentáveis. A ONU – Organização das Nações Unidas, ao estabelecer o dia 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente, inspirou a montadora a criar o Mês Toyota do Meio Ambiente, também em junho, promovendo ações diárias de educação ambiental de colaboradores como coleta seletiva, redução no consumo de recursos naturais, reciclagem de resíduos, entre outros.

A empresa entendia que não investir naquele momento colocaria em risco sua reputação de décadas dedicadas a desenvolver tecnologias limpas. E hoje, unidades fabris ecologicamente corretas com painéis que transformam a luz do sol em energia limpa, com iluminação natural para economizar eletricidade e reaproveitamento de detritos são exemplos de iniciativas que tornaram a Toyota, em 2013, a marca mais verde do mundo pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com o relatório Interbrand “Best Global Green Brands”, entidade internacional que avalia conceitos sustentáveis de marcas do mundo inteiro.

Mais tarde, em 1997, a Toyota desenvolveu o Prius, primeiro veículo híbrido produzido em larga escala, economizando aproximadamente 15 milhões de quilolitros de gasolina se comparados à quantidade utilizada por veículos movidos à gasolina de tamanho similar. Hoje, a Toyota possui uma linha de veículos híbridos composta por 19 modelos e uma frota de mais de cinco milhões em todo o mundo.

Há cinco anos, foi instituída a Fundação Toyota do Brasil, braço social da Toyota no País. Entre os projetos socioambientais abraçados pela entidade estão o Arara Azul, no Pantanal sul-mato-grossense, o Toyota APA Costa dos Corais, no Nordeste, e ações locais que buscam o desenvolvimento profissional assegurando qualidade à educação e à sustentabilidade com foco no futuro.

Futuro que está sendo traduzido em outras iniciativas como a Ecofactory da Toyota, em Sorocaba (SP). A primeira fábrica do país a ser implantada totalmente dentro do conceito sustentável da montadora reduz em 50% o consumo de água e 60% as emissões de compostos orgânicos voláteis e diminui também o impacto dos processos por meio da pintura à base de água ao invés de solvente. 

A Toyota acredita que problemas ambientais não podem ser resolvidos apenas com tecnologia. Não importa quanto progresso ocorreu no passado, a meta original daquela ideia impregnada sobre sustentabilidade era deixar um legado: de que empresas assumam a responsabilidade por questões ambientais e que isto não seja alterado.

Em outras palavras, uma simples lâmpada desligada é uma atitude responsável. E quando os efeitos cumulativos de ações sustentáveis têm impacto significativo na sociedade e meio ambiente global, estamos falando de uma responsabilidade presente no DNA de uma corporação. Empresa verde não aguarda legislações mudarem nem luta contra elas. Empresa verde é aquela que abraça o desafio de práticas verdadeiramente sustentáveis como fundamento básico de gestão.

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