Cidades

Vereador aponta a falta de incentivo fiscal pelo êxodo de empresas da cidade

Além da crise econômica que assola o País, o vereador Heleno Metalúrgico (PDT) apontou outra variante que, que segundo ele, tem papel importante na saída de empresas da cidade de Guarulhos – a falta de incentivo fiscal por parte da Administração Pública. O parlamentar afirma que apesar da dificuldade financeira, empresários e grandes grupos de produção preferem manter suas instalações no município.
 
“Essa política do município ela já era para ter sido feita através do nosso Governo Municipal. Muitas empresas antes dessa crise deixaram a cidade por falta de incentivo fiscal. Não foi por causa da crise, mas sim por falta de incentivo fiscal. A Continental ameaçou de ir embora por que estava bombando sua produção e não tinha espaço (suficiente para armazenar sua produção e queria outro espaço) e o governo não dava incentivo pra ela”, explicou o vereador pedetista.
 
O parlamentar e sindicalista ressaltou que as empresas instaladas na cidade estão criando alternativas como reduzir o seu ativo fixo e também diminuir o seu quadro de funcionários para driblar os efeitos da crise econômica e a falta de iniciativas públicas para a manutenção de suas instalações, e em especial os empregos. Ele revelou, assim como o presidente do Sindicato dos Metalúrgico da cidade de Cruzeiro, Jumar Silva, ao site Mix Vale, a ida da Maxion para o Vale do Paraíba.
 
“Empresas estão fechando, demitindo e geração de empregos que não está tendo em nossa cidade. A Randon é uma empresa que está enxugando o número de galpões dela e reduzindo seu quadro funcional pela queda de volume (de produção). A Maxion (localizada no bairro do Itapegica) ela vai embora até o final do ano, até por que o prédio dela já está vendido”, declarou Heleno.
 
Segundo o representante do PDT na Câmara Municipal, a queda nas vendas do setor automobilístico afetou drasticamente as empresas que produzem componentes para montagem de veículos. Contudo, o mesmo afirmou estar trabalhando em conjunto com algumas empresas para que possam encontrar alternativas de sobrevivência e que ao mesmo tempo se mantenham na cidade.
 
“A Cummins também está no mesmo patamar e possui três plantas aqui em Guarulhos para produção de filtros de Caminhão, escapamentos e motores. Nas três plantas ela pretendem enxugar e agregar as operações em um lugar só. Não tem produção. A crise pegou e o setor de autopeças no Brasil está quebrado. Se caminhões não vende, a Cummins não vende motor, se não vende trator e ônibus a situação é a mesma”, concluiu.

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