Para o vereador Romildo Santos (PSDB), os problemas registrados nos últimos anos na cidade de Guarulhos continuam os mesmos e sem solução. Ele citou durante a sessão parlamentar da Câmara Municipal desta quinta-feira, 4, serviços como o de transporte, saúde e o da rede elétrica como os mais necessitados. No entanto, ele apontou como sugestão uma possível mudança de postura na administração do município para sanar essas deficiências.
“Na realidade, o que acontece? Se você analisar bem, os hospitais continuam sem médico e sem medicamentos, os ônibus continuam lotados, micreiros e empresários de ônibus sem receber. Não tem ônibus em sua totalidade do bairro para o Centro, a Bandeirante continua sem receber a manutenção adequada em vias públicas”, apontou Romildo.
Além da má gestão dos serviços públicos, o vereeador também destacou as consequências causadas por esse modelo de administração. De acordo com o representante tucano, a cidade deixa de receber verbas oriundas do Governo Estadual e do Governo Federal, em função, da dívida que a Administração possui com fornecedores e prestadores de serviço.
“O SAEE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) continua devendo R$ 2,4 bilhões para a Sabesp e o nome da cidade continua negativado sem CND e não pode receber recursos estaduais e tampouco federais, não paga os alugueis dos imóveis locados por ela na cidade de Guarulhos”, explicou Romildo.
No final do último ano, os vereadores aprovaram emenda no Projeto de Lei da Lei Orçamentária para este ano que destinaria a quantia de R$ 1 milhão para cada parlamentar utilizar em serviços públicos em suas bases eleitorais. No entanto, Santos revelou a impossibilidade de utilizá-las por conta da negativação do município no Cadin (Cadastro de Inadimplentes). Segundo o próprio, este valor seria utilizado por ele para asfaltar e recapear vias, manutenção de praças e instalação de academias populares.
“O que nós precisamos na realidade? De um choque de gestão. Na realidade é decepcionante para nós vereadores que fizemos nossas emendas parlamentares num valor irrisório para indicar (R$ 963 mil reais) em volta de tantos problemas. Então, você vê que os problemas são grandes para uma cidade que tem um faturamento de mais de R$ 4 bilhões”, concluiu.
