Não demorou para que uma sessão na Câmara Municipal fosse encerrada de forma precoce. A segunda após o recesso de meio de ano, que deveria ser realizada nesta quinta-feira, não aconteceu. A primeira, na última terça-feira, foi tumultuada em função do protesto realizado pelos professores, que cobram o cumprimento da Prefeitura de acordo formalizado no TRT-SP para pagamento de benefícios atrasados. Apesar do impasse, o vereador Gilvan Passos (PSDB) descartou qualquer ligação com o fato para o encerramento desta sessão.
“Pelo que os vereadores dizem, não. Na hora da contagem do quórum tinha 13. A gente vê que não houve essa maldade por ter essa reunião no Bom Clima. Eu fiz um documento pedindo a convocação de três secretários (Finanças, Administração e Recursos Humanos) para eles dizerem por que não tem dinheiro”, explicou Gilvan, em relação à reivindicação dos professores em greve.
Apesar de faltar menos de 60 dias para o processo eleitoral que elege para os próximos quatro anos 34 vereadores e o sucessor do atual prefeito Sebastião Almeida (PT), o parlamentar tucano entende que a eleição não pode ser usada como justificativa para a falta de produtividade do Poder Legislativo. Ele pediu a cooperação da imprensa.
“Entendemos que isso traz prejuízo à Casa. Cada um tem que ter sua responsabilidade de vir no horário. A Casa não é um e nem dois, mas é a Casa. Quando você faz, quando a imprensa ajuda nesse sentido de delatar, os outros vão sentir. A gente não pode admitir que no ano de eleição nesses 45 dias a Casa fique parada”, concluiu.
Para esta tarde de quinta-feira, 4, estavam previstos a análise de 169 proposituras. Cerca de 46% destes tinham como objetivo questionar a Administração Municipal sobre os mais diversos assuntos. Também foi prejudicada a votação de 26 Projetos de Leis dos 37 pautados para esta sessão parlamentar, que continham parecer técnico das Comissões Técnicas Permanentes da Câmara Municipal.