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Vereador do MA joga dinheiro pela janela e acusa prefeito de suborno

O vereador do município de Cândido Mendes, no interior do Maranhão, Sababá Filho (PCdoB-MA), jogou R$ 250 mil em espécie para a população pela janela da Câmara Municipal da cidade nesta sexta-feira, 4. Segundo o vereador, o dinheiro foi uma tentativa de o prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus (PL-MA), conhecido como Facinho, suborná-lo para que renunciasse ao mandato.

Em discurso durante sessão na Casa, o vereador mostrou o dinheiro que estava dentro de uma mochila e anunciou que jogaria as notas pela janela. As pessoas se <a href="https://twitter.com/gilgomeslima/status/1687487228556050432" target=_blank><u>aglomeraram na rua</u></a>, em frente ao prédio, para pegar as cédulas.

"Aqui está uma mochila de dinheiro para eu renunciar ao mandato. Eu não vou renunciar, eu não vou renunciar. Está aqui ó mostrando as notas para o povo não dizer que estou com uma mochila vazia. Pode filmar que eu não tenho medo não, já disse que a minha vida está na mão de Deus", <a href="https://twitter.com/ValdeciFre43934/status/1687507063683809280" target=_blank><u>disse o vereador</u></a> durante a sessão. "Eu vou jogar pela janela aqui porque o que é do povo, dinheiro da saúde, dinheiro da educação, ele tem que ir para a mão do povo."

Ao <b>Estadão</b>, o vereador disse que recebeu uma mochila com o dinheiro de um primo do prefeito. Segundo Sababá Filho, o valor seria para convencê-lo a renunciar ao seu cargo na Câmara. "Ele tentou me subornar porque o meu suplente é aliado dele. Eu poderia ter entregue direto na polícia, mas o que eu fiz foi uma ação de revolta", disse.

O valor é 18 vezes maior que o salário dele como parlamentar, de R$ 4.500.

Sababá Filho informou que vai apresentar uma ação ao Ministério Público para pedir a cassação de Facinho. Segundo o vereador, o Legislativo municipal é dominado por aliados do prefeito, o que tornaria impossível a abertura de um processo de impeachment. "Pedir a saída de um prefeito em uma cidade do interior é como enxugar gelo. Eu estou indo para São Luís para pedir que ele seja cassado", afirmou.

O <b>Estadão</b> tentou entrar em contato com o prefeito, mas não obteve resposta até o momento.

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