O vereador Ricardo Rui (PPS) pretende instaurar sindicância para apurar irregularidades no cemitério público Necrópole do Campo Santo, da Vila Rio de Janeiro. A ação tem por base a remoção e a substituição indevida da ossada de Luiza Neves de Oliveira, sem o consentimento dos familiares, em meados de junho deste ano.
Para Rui, os atos irregulares cometidos neste estabelecimento de administração pública são passíveis de instauração de sindicância, principalmente por não cumprir o prazo estabelecido para a retirada, em janeiro de 2013, e pretende cobrar explicações da Prefeitura sobre o caso. "Eles não podem fazer o que bem entendem, temos que apurar os fatos e instalar uma sindicância e com isso coibir que novas irregularidades aconteçam", explica Rui.
A família prejudicada no caso em que a sindicância teria base preferiu não mover nenhuma ação contra a Administração Municipal, já que foram ressarcidos pelo prejuízo. "Apesar do equívoco, não queremos prejudicar ninguém, até por que a Prefeitura devolveu a quantia paga pela manutenção até 2013", disse Hélio da Silva, advogado que a representa, sem revelar os valores recebidos.
Segundo o ex-funcionário do cemitério Arnaldo Santos, 38 anos, o crime foi cometido por um equívoco do administrador – conhecido por Djair, que momentos depois, atribuiu a culpa ao coveiro responsável pela manutenção do local. Para reparar o erro, colocaram na gaveta de Luiza ossos de outro falecido, para que a família não percebesse a ausência da ossada.
O Guarulhos Hoje entrou em contato com a Prefeitura e a administração do cemitério Necrópole do Campo Santo para esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos, mas não obteve nenhuma resposta até o fechamento desta edição.
