Em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira, entre outros 33 itens, os vereadores guarulhenses aprovaram com apenas quatro votos contrários a criação de uma nova taxa de luz, a Cosip (Contribuição do Custeio do Serviço de Iluminação Pública), conforme projeto apresentado pelo prefeito Sebastião Almeida (PT).
O vereador Guti (PV) se posicionou contra a aprovação do projeto, atacando a administração municipal, já que existe uma taxa de iluminação pública embutida nas contas de energia elétrica, cobradas pela Bandeirante Energia, concessionária que atende o município. Ele lamentou o fato do prefeito Almeida insistir em colocar mais uma carga nas costas do contribuinte em um período que toda população sofre com a crise econômica que passa o país. “Iluminação pública é um grande fator para garantir a segurança da população. Agora, não entendo que criando uma taxa nova teremos mais legitimidade para cobrar a implantação. Já pagamos um IPTU caro e isso não é garantia que o Executivo realize os serviços necessários”.
Geraldo Celestino (PSDB), líder da Oposição, votou contra inclusive a emendas que diminuiriam o valor da taxa. Ele argumentou que não adiantaria aprovar emendas que serviriam apenas “para tirar o elefante da sala, já que o projeto todo é ruim para a população”.
Já o líder do governo na Câmara, Samuel Vasconcelos (PT), defendeu a aprovação do projeto, garantindo que a nova taxa não vai onerar a população, já que ela vai incidir mais sobre os maiores consumidores e será menor para quem consome menos. “Essa taxa deveria ter sido criada há muito tempo. A Prefeitura não tem como arcar mais com isso”.
Eduardo Barreto (PCdoB), que também votou a favor da criação da taxa, afirmou que a arrecadação da taxa é fundamental para equipar com iluminação pública os bairros mais distantes da periferia. “Será uma forma de aumentar a segurança da população”.
Alexandre Dentista (PSDC), que também votou favoravelmente, afirmou que a criação da contribuição é necessária para que Guarulhos não sofra um apagão em suas ruas a partir do ano que vem. “A aprovação é importante para que a cidade não entre em um caos”.
Só votaram contra o projeto de Almeida os vereadores Guti (PV), Geraldo Celestino (PSDB), Romildo Santos (PSDB) e Gilvan Passos (PSDB). Todos os demais ou votaram a favor ou se abstiveram.