Política

Vereadores de Guarulhos debatem milho aos pombos

Em meio à crise que vive o país, principalmente na área de saúde pública, com a epidemia de dengue, hospitais lotados, entre outros problemas, os vereadores da Câmara Municipal de Guarulhos se debruçaram na tarde desta terça-feira por mais de 30 minutos sobre um inusitado projeto de lei, de autoria do vereador Toninho da Farmácia (PRP).  Ele queria instituir uma lei que proíba a população de dar comida a pombos em espaços públicos. 
 
O vereador classificou sua apresentação em pauta de votação como de extrema necessidade, principalmente pela possibilidade de O PL foi deliberado para análise técnica da Comissão de Saúde da Câmara. Depois que Geraldo Celestino (PSDB) argumentou contrariamente à aprovação do projeto, ele foi rejeitado pelo plenário da Casa. “Tanta coisa importante e a gente aqui discutindo o milho aos pombos. Não tem como fiscalizar uma coisa dessas”, disse. 
 
"O intuito não é o de exterminar o bicho, mas sim o de devolver ao habitat natural dele que é as matas, até porque na cidade ele contrai e repassa doenças. Através disso, ele não vai transmitir doença ao ser humano, além de viver mais. Na mata o pombo vive 15 anos e na cidade apenas 4", justificou o vereador Toninho da Farmácia sobre a criação do Projeto de Lei.
 
A essência da propositura previa punição ao munícipe que estiver alimentando a ave em locais públicos. No entanto, o representante do PRP entende que o pombo é uma grande ameaça a saúde humana. Ele também usou as atividades realizadas pelos garis, profissional que zela pela manutenção de vias públicas, como o principal prejudicado por estar exposto ao contato com ele.
 
"As fezes do pombo é uma ameaça muito grande. Ela transmite até meningite e quem é o maior prejudicado são os garis, que precisam varrer um local onde tem muitos pombos e acaba inalando aquelas fezes que fica seca. Além dessas que citei, ele também transmite várias doenças pulmonares e até dermatite", explicou.
 
Apesar de ser classificado como um Projeto de Lei incomum, Toninho acredita que em virtude do crítico estado da saúde pública, é necessário tomar algum tipo de atitude para conter as doenças provocadas pela ave. Entretanto, ele defendeu o retorno destes animais para o seu local de origem: as matas.
 
"Não é justo fecharmos os olhos e fingir que simplesmente tem um passarinho e que estamos querendo espantar. Mas criando uma maneira de proteger as pessoas. Esse projeto visa a saúde, isso por que da forma que está a saúde pública temos que tomar alguma atitude. Na cidade ele é um grande risco de doença", finalizou.
 

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