Política

Vereadores defendem reajuste para R$ 15 mil já que só valerá na próxima legislatura

Parlamentares dizem que não legislam em causa própria e apontam que aumento é legal

O reajuste salarial que os vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e adjuntos, coordenadores e presidente do Legislativo receberão para o mandato do ano que vem gerou grandes discussões na sessão da Câmara de ontem.

"O que tem que ficar claro é que não estamos legislando em causa própria. Estamos dando esse aumento dentro da legalidade, porque existe uma cascata de reajustes desde o deputado federal até o vereador. Além disso, a aprovação deste projeto será para o mandato que iniciará no próximo ano e quem decidirá quais vereadores estarão aqui será o povo", ressaltou o vereador José Mário (PSDB).

Contudo, o novo reajuste não agradou alguns parlamentares. "Esse aumento pode até ser legal, mas é imoral. O que a gente tem que propor dentro de uma lógica é exatamente o que ganham os trabalhadores e eu vou combater essa imoralidade que está sendo feita aqui", afirmou o vereador Rômulo Ornellas (PT).

Com o reajuste os vereadores passarão a receber R$ 15.031,76 (ao invés dos R$ 9.288,05 atuais); o prefeito receberá R$ 23 mil (atualmente o salário é de R$ 17.777,80); o vice-prefeito terá um subsídio de R$ 18 mil; os secretários municipais e coordenadores passarão a receber R$ 16 mil por mês e os adjuntos 14,5 mil. Já o Presidente da Câmara terá direito a subsidio igual ao fixado para o prefeito.

Segundo o Regimento Interno os parlamentares têm até 30 dias, antes das eleições municipais, pra propor o reajuste. Além disso, a remuneração mensal dos vereadores sofrerá desconto de 1/8 quando houver falta injustificada durante as Sessões Ordinárias.

Os projetos estão sendo analisados pelas comissões técnicas, responsáveis pela elaboração de parecer credenciando-os ou não à votação em plenário. Após a aprovação os novos subsídios serão válidos para o exercício de 2013 a 2016.

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