Política

Vereadores divergem sobre criação de Passe Livre em Guarulhos

Uma audiência publica para discutir sobre o projeto de lei de Passe Livre para os estudantes e professores, protocolado pelo vereador Samuel Vasconcelos (PT), aconteceu nesta quarta-feira (17) na Câmara de Vereadores de Guarulhos.
 
Na ocasião estiveram presentes o secretário de Transportes e Transito (STT) Atílio André Pereira, o vereador que convocou a audiência e protocolou o projeto Samuel Vasconcelos (PT), motoristas e cobradores do transporte coletivo da cidade, além de apoiadores do projeto.
 
A audiência foi marcada pela participação ativa de motoristas e cobradores, que temem o desemprego dos cobradores caso o projeto seja aprovado. Segundo Vasconcelos, o projeto foi criado para que mais pessoas possam circular pelos coletivos da cidade e não para que aconteça um desemprego em massa.
 
 
“Melhoria no transporte não se resolve com tarifa zero”, disse o vereador Mauricio Brinquinho (PT), que também é presidente do Sindicato dos Condutores (Sincoverg),  durante sua apresentação. Antonio Nilson Santos Borges, conhecido como Alemão do Transporte (PT), lembrou a situação da categoria que está há mais de 100 dias sem receber o subsidio. Ele foi ovacionado ao pedir para que seja inclusa na lei que os trabalhadores tenham o direito de receber o benefício em até 30 dias.
 
 
Após as apresentações o diretor financeiro da STT, Rodnei Minelli,  fez uma breve apresentação sobre o plano de estudo e os valores reais atribuídos ao projeto Passe Livre.  
 
Segundo dados colhidos entre setembro de 2013 a setembro de 2014, o número de passageiros circulado nos coletivos da cidade foi de 14.079.953, porém deste número apenas 8.409.887 passageiros pagantes em uma frota de 1.001 ônibus em circulação. Foram   5.356.859 km percorridos na cidade por mês.
 
Dentro do custo total das passagens de ônibus e microônibus apresentado por Minelli, 13,45% são para o combustível, 1,73% para pneus, 1,73% para recapeamento, 19,99% para chassi, 19,99% carroceria, 64,13% mão de obra. O custo anual apresentado foi de R$ 356.311.476,16.
 
Minelli concluiu que se todas as pessoas em circulação no ônibus da cidade fossem pagantes o custo por passageiro seria de R$ 2,09. No caso do passe livre, o total gasto no valor da passagem a ser pago por todos os estudantes e professores da rede particular e pública de Guarulhos seria de R$ 41.330.005,71.
 
Ninguém, no entanto, conseguiu responder “quem pagará por este valor" em caso de implantação do passe livre. . A classe luta agora com o apoio de vereadores para que o projeto garanta o emprego de motorista e cobradores da cidade caso seja aprovado.
 

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