Na sessão plenária desta terça-feira, 19, os vereadores, principalmente da oposição ao governo do prefeito Sebastião Almeida (PT), que ofereceu na última sexta-feira, 15, 6% de reajuste aos servidores públicos municipais, subiram à Tribuna para exigir que este índice seja equivalente ao acumulado pela inflação nos últimos 12 meses. Esse percentual é de 8,3%.
Os vereadores deliberaram o proejto do Executivo com o reajuste de 6% para que seja encaminhado às comissões da Casa e entre em votação em sessão na próxima quinta-feira. No entanto, tanto vereadores da situação como da Oposição sinalizaram que incluirão emendas para garantir um reajuste que, pelo menos, recomponha as perdas com a inflação no período passado.
"Eu estive na assembleia dos servidores em frente ao Paço Municipal, onde estavam encaminhado, segundo o Governo, 0% de aumento, e nessa falei que os servidores não trabalharam nestes últimos 12 meses, porque apresentar uma proposta dessa é inaceitável. Eu coloco que por eles terem trabalhado e pela dificuldade que o País passa, não é o trabalhador que deve pagar", criticou o vereador Heleno Metalúrgico (PDT).
O parlamentar, que tem como base o sindicalismo, também ressaltou a importância da Administração Pública valorizar o trabalho do funcionário público e equiparar o aumento com o de outras cidades de até menor porte que Guarulhos no cenário estadual e nacional. No entanto, ele reiterou que o servidor não pode pagar a conta pela crise econômica que atravessa a cidade e sugere que o acréscimo seja o índice da inflação.
"A negociação deve ser no mínimo o índice da inflação, mas a luta deve ser pelo aumento real. E pelo que estou entendendo, o servidor quer é a reposição da inflação. Algumas cidades deram 7% e até 8%, sempre um pouco a mais, e Guarulhos não pode ficar a mercê das demais cidades pelo porte que tem, sendo a 2ª do Estado de São Paulo. A crise que ela passa o trabalhador não tem que pagar", declarou Heleno.
Já o vereador Guti (PV) acredita que um aumento abaixo dos índices reais de inflação é uma punição ao servidor público. De acordo com ele existe uma defasagem real de aproximadamente 2,5% caso seja ratificada a proposta de Almeida, o que prejudicaria o pode de compra desses profissionais. Também deve tramitar no parlamento municipal duas emendas que tem o mesmo objetivo: a de viabilizar a reposição salarial.
"Na verdade o servidor está sendo punido e não tem aumento e muito menos a reposição da inflação. Com isso a gente tem uma defasem de 2,5%. O servidor está tendo no mínimo 2% de queda do seu poder de compra e a beira de uma recessão não é bom ter o seu salário reduzido. Na prática é isso que está acontecendo", encerrou.



