O imbróglio em torno da criação da APA (Área de Proteção Ambiental) Cabuçu parece estar longe do fim. Pautada para a sessão de quinta-feira, a votação do projeto e do substitutivo, que propõe a transformação de uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados em zona mista, foi prejudicada pela ausência de um dos anexos, abrindo para um longo debate entre os vereadores.
Geraldo Celestino (PSDB), líder da oposição, criticou a postura do presidente em exercício Paulo Sérgio (PV), que adiou a votação do projeto original, e afirmou que irá entrar com recurso para que a postura do presidente não seja mais um precedente na Casa. "O presidente deu uma barrigada. Na ausência do substitutivo ele poderia ter colocado o texto original em votação", explicou.
A vereadora Luiza Cordeiro (PC do B) chegou a insinuar que houve manipulação para que a votação fosse adiada. "É muita irresponsabilidade da Diretoria de Plenário em pautar um projeto incompleto e não comunicar os vereadores. Esta Casa está dando um vexame para a cidade e para o País", esbravejou Luiza. Para a vereadora Eneide Moreira de Lima (PT), "jogos de interesses" estão prejudicando o avanço do projeto, pautado desde março. Segundo Paulo Sérgio, o adiamento da votação é previsto no Regimento Interno e o projeto será pautado na próxima sessão. Para Celestino, a votação somente deve ocorrer em fevereiro, após o recesso parlamentar.
