Os vereadores Alexandre Dentista (PSDC), Laércio Pereira (PT) e Toninho da Farmácia (PRP), integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, estiveram na tarde desta sexta-feira, 15, em reunião com o médico Rui Paes, diretor clínico do hospital Stella Maris com intuíto de propor a intervenção ou administração mista do estabelecimento, que atravessa momento financeiro crítico, em conjunto com o Governo Municipal.
Desde o último dia 1º, o hospital deixou de prestar os serviços de maternidade e UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), convênios e particulares. Com a medida, o Stella Maris economizou cerca de R$ 500 mil por mês.
"O hospital recebe recursos das três esferas e suas contas precisam ser revistas, até porque está em situação irregular com seus credores e isso impossibilita o recebimento destas verbas. Mas precisamos pensar em alguma alternativa para normalizar a situação", declarou o vereador Laércio Pereira (PT).
Segundo Pereira, a dívida do hospital Stella Maris é de aproximadamente R$ 60 milhões e que pelo momento financeiro crítico que atravessa está demitindo muitos funcionários sem o devido pagamento das rescisões trabalhistas.
"O único número que me escapa da memória é o da verba repassada pelo Governo do Estado, mas da Prefeitura são repassados R$ 7 milhões por ano, além de uma emenda da deputada federal Janete Pietá (PT) que disponibilizou mais R$ 1 milhão. Toda semana demite funcionários sem quitar os débitos. Na última semana foram 20 funcionários demitidos", revelou.
Já o parlamentar Alexandre Dentista (PSDC) acredita que as conversas podem evoluir em relação a possibilidade de a Prefeitura administrar em conjunto com a atual diretoria do hospital. "Vamos fazer uma reunião com o secretário da Saúde (Carlos Derman) para trabalhar em cima desta possibilidade. O dr. Rui Paes ficou extremamente interessado e viu a importância da intervenção", declarou.
Alexandre também apontou o reaproveitamento da verba de R$ 500 mil e o espaço físico que passou a existir com o encerramento das atividades da maternidade. No entanto, ele aredita que a melhor maneira seria redirecionar o montante para outras especialidades, mas reiterou que mesmo com essas medidas a instituição fecha suas contas mensais em débito.