Após sete horas de sessões, os vereadores votaram contra os reajustes salariais do Legislativo, que chegava a 61%. A proposta também contemplava os salários do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários municipais e adjuntos e dos coordenadores para o exercício de 2013 a 2016.
No início dos trabalhos, os parlamentares se reuniram devido a uma discordância existente entre eles referente ao reajuste. A maioria dos vereadores assinaram uma nova proposta congelando o atual salário pelos próximos quatro anos.
O problema é que ao criar este novo projeto, a emenda do vereador Rômulo Ornellas (PT), que já havia sido apresentada anteriormente, solicitando que o reajuste fosse realizado seguindo as regras do IPCA, o que seria de 24,58%, ficou como a única proposta de aumento apresentada, gerando grandes debates entre os presentes.
"Queria saber se alguma pessoa aqui já teve um aumento salarial de quase 25%. É uma vergonha o projeto do professor Rômulo", enfatizou Eduardo Soltur (PSD).
Além dos vereadores, os estudantes do cursinho Comunitário do Pimentas, onde Ornellas ministra aulas, protestaram contra o reajuste. Após as discussões, Ornellas retirou as emendas. "É dessa forma que conhecemos o tipo de político que tem aqui. Inverteram a situação, mas eu estou aqui lutando para dar um aumento dentro da ética e da moral", ressaltou Ornellas.
Segundo o projeto original, de autoria da Mesa da Câmara, os parlamentares, que atualmente recebem R$ 9.288,05, passariam a receber com o subsídio, R$ 15.031,76, uma vez em que de acordo com a legislação, os vereadores têm direito a receber 75% do ganho mensal dos deputados estaduais – que atualmente é de R$ 20.042,35.
O projeto também estipulava que o subsídio do prefeito para o próximo mandato seria de R$ 23 mil, com aumento de 29,3% sobre o montante atual de R$ 17.777,80. Para vice-prefeito, o novo subsídio seria de R$ 18 mil. Os secretários municipais e coordenadores passariam a receber R$ 16 mil por mês e os adjuntos 14,5 mil.