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Vice-líder do governo questiona se Meirelles representa governo atual ou passado

Após mais de três horas de audiência pública sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), questionou se o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estava ali como alguém do governo anterior ou do atual, em referência ao período em que o atual mandatário da Fazenda foi presidente do Banco Central, durante o governo Lula.

O parlamentar também lembrou aos presentes que o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, é remanescente do governo Dilma – ele foi secretário-executivo dos ministros Nelson Barbosa e Guido Mantega. Ambos riram da questão, mas não tiveram tempo de responder, pois a rodada é dos parlamentares.

Apesar da lembrança, o deputado reconheceu que, diante da realidade, há poucas alternativas para a retomada da economia. “Temos de pensar a realidade a partir dos quadros atuais. Vossas excelências têm missão hercúlea pela frente”, disse Maia. “Os sinais do apocalipse já estão colocados na incapacidade dos Estados em pagar a própria folha, no déficit da Previdência.”

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que o grande problema da economia brasileira será a “ilegitimidade” do governo do presidente em exercício Michel Temer, caso a votação do impeachment resulte no afastamento definitivo de Dilma Rousseff. “Será um governo fraco do ponto de vista de legitimidade social.”

Fontana também criticou o “maniqueísmo” entre quem seria a favor ou contra o ajuste fiscal. “O que temos aqui são visões diferentes de como buscar equilíbrio fiscal. Não ouço ministros falarem de iniciativas para aumentar receita pública”, afirmou, citando impostos sobre grandes fortunas que poderiam ser criados.

O deputado Thiago Peixoto (PSD-GO) criticou o governo Dilma, dizendo que foram “desconsiderados matemáticas e fatos”. “Houve abandono total da prudência fiscal do País”, disse. Apesar de tecer elogios à iniciativa do governo em propor a PEC do teto de gastos, o parlamentar indagou qual é a alternativa que a equipe econômica traçou caso a proposta não seja aprovada pelo Congresso Nacional.

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