O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, previu nesta quarta-feira, 22, que a inflação na zona do euro deverá se manter perto do atual nível recorde nos próximos meses e começar a desacelerar após o verão europeu.
Guindos, que falou em evento virtual organizado pela Universidade Internacional Menéndez Pelayo em parceria com a Associação de Jornalistas de Informação Econômica, disse também que o tamanho do aumento de juros a ser implementado pelo BCE em setembro dependerá das expectativas de inflação.
Na reunião de política monetária deste mês, o BCE adiantou que planeja elevar juros em 25 pontos-base em julho e sinalizou um aumento de 50 pontos-base para setembro.
Guindos comentou também que o BCE está acelerando o processo para estabelecer um instrumento contra a fragmentação, como é conhecida a divergência nos custos de empréstimos de países da zona do euro. Segundo ele, a fragmentação é uma preocupação significativa para o BCE.
O dirigente disse que o conselho diretor do BCE ainda não discutiu detalhes do novo instrumento, mas ressaltou que a ferramenta será diferente dos programas de compras de ativos, como PEPP ou APP, ou do chamado programa de Operações Monetárias Completas (OMT, pela sigla em inglês).