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Vicente Cândido: fundo é custoso para brasileiros, mas pouco para quem recebe

Relator de uma das propostas de reforma política na Câmara, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) afirmou nesta quinta-feira, 5, que o fundo público de R$ 1,7 bilhão para bancar campanhas aprovado pelo Congresso Nacional é muito para os brasileiros que arcarão com o custo, mas pouco para os políticos que vão receber. Para o petista, o sistema eleitoral atual não combina com financiamento público nem com privado.

“Ele (fundo) é muito para quem vai pagar, que é o povo brasileiro e é pouco para quem vai receber, para o sistema atual. O sistema atual não combina nem com financiamento público nem tampouco com privado. Porque, se resolvesse com o privado, não teria a Lava Jato”, afirmou Cândido em entrevista coletiva. Para ele, é preciso alterar o sistema de eleição de parlamentares ou baixar os custos de campanha.

Na avaliação de Cândido, se essas alterações não forem feitas pelo Congresso Nacional, o País viverá “crise permanente”, “Com dinheiro público ou privado. Talvez mais crise com público do que com privado. Porque, com o público, temos que ter muito mais cuidado, mais seriedade e austeridade”, afirmou. “Então, espero que seja só 2018. Não suporta com financiamento público com esse sistema de votação, com 15 mil, 20 mil candidatos”.

O deputado paulista pediu paciência e compreensão do Senado para votar ainda nesta quinta-feira o projeto do qual foi relator. A proposta, aprovada pela Câmara na madrugada de hoje, prevê uma série de novas regras para distribuição do fundo e teto de doação de pessoas físicas. Para valer no pleito de 2018, as novas regras precisam ser sancionadas até sábado, 7 de outubro, a um ano das eleições. “Se não aprovar, será muito próximo do caos”, disse.

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