O programa Ponto de Vista que vai ao ar nesta quarta-feira (20) recebeu a visita do ex-prefeito de Guarulhos Vicentino Papotto, que administrou o município na gestão 1993/96. Natural da capital paulista, morou no bairro da Penha até os 11 anos, quando se mudou para Guarulhos com sua família. No município há 68 anos, considera-se mais guarulhense do que paulistano.
Papotto teve sua primeira experiência profissional aos 12 anos, em uma empresa de ônibus. Durante os 40 anos em que lá trabalhou, começou como varredor, foi contador, tesoureiro, diretor financeiro e até sócio. O proprietário, Paschoal Thomeu, também ex-prefeito de Guarulhos e ex-deputado estadual, foi quem lhe abriu as portas para a política décadas mais tarde.
Thomeu já era amigo da família desde a infância do entrevistado. Eleito prefeito de Guarulhos em 1988, convidou Vicentino Papotto para ser seu secretário de Finanças. Orgulhoso, conta que conseguiu desempenhar muito bem seu papel, pagando as dívidas da Prefeitura sem deixar de realizar as aplicações necessárias com o recurso municipal.
Descobriu seu potencial como candidato através de uma notícia de jornal, em abril de 1991. O jornal Folha Metropolitana lançava a pergunta “Quem será o sucessor do atual prefeito?”, cogitando, dentre outros possíveis concorrentes, o nome de Vicentino. Ao visitar Thomeu em seu gabinete, no dia seguinte, foi convidado por ele a concorrer à próxima eleição, e aceitou o desafio. Embora fosse sua primeira candidatura, venceu em primeiro turno. Para Papotto, sua vitória se deveu em grande parte à popularidade de seu amigo prefeito.
Durante seu mandato, destaca que suas maiores realizações foram a construção de 42 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 44 escolas infantis e reservatórios de água com capacidade para 10 milhões de litros, num momento em que bairros guarulhenses sofriam com a falta de água por conta da precária infraestrutura.
Aos 79 anos, Papotto encontra-se afastado da política devido a problemas de saúde. Mas, contente com o resultado de seu trabalho na gestão municipal, finaliza: “Ser prefeito foi uma experiência muito válida, eu amadureci. Tive que engolir muito sapo, cobra e jacaré”.
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