Estadão

Vidal e Marinho, que saíram do Flamengo brigados com Sampaoli, apoiam Pedro após agressão

Após o atacante Pedro se manifestar em suas redes sociais sobre a agressão sofrida por ele nas mãos do preparador físico Pablo Fernandéz, que também trabalha no Flamengo, ex-companheiros de clube demonstraram seu apoio ao camisa 9 no post publicado. Os jogadores Arturo Vidal e Marinho, que recentemente deixaram o Flamengo por problemas com o técnico Jorge Sampaoli, comentaram em apoio ao jogador.

Marinho teve problemas com a comissão técnica de Sampaoli, incluindo Fernandéz, na reta final de sua passagem na Gávea. O jogador chegou a ser preterido inclusive para o banco de reservas, sendo colocado para trabalhar separadamente. Ele fez um forte comentário na postagem de Pedro. "Estamos contigo, irmão. Cadeia e fora por justa causa nesse covarde", afirmou o jogador.

O estopim da saída de Marinho foi justamente protagonizado pelo preparador físico que agrediu Pedro. Após uma dura bronca de Fernandéz, o atacante se recusou a viajar para o Chile para jogar uma partida de Libertadores e foi afastado do elenco, sendo posteriormente negociado com o Fortaleza.

Já o chileno foi mais sucinto. "Estamos juntos hermano", disse Vidal. O volante, que atualmente joga pelo Athletico-PR, saiu do Flamengo brigado com o técnico Sampaoli. Em sua primeira partida após deixar o clube carioca, o atleta chileno não poupou críticas ao seu ex-técnico. "Me sinto muito feliz de jogar. Sempre estive preparado. Somente tive um treinador, um perdedor que não sabe apreciar os jogadores. Mas ficou para trás", afirmou Vidal após partida contra o Coritiba, em entrevista à TNT Sports, pelo Brasileirão.

Do elenco atual do Flamengo, o único que comentou na publicação do camisa 9 foi o zagueiro Léo Pereira. Titular na partida de sábado, dia 29, contra o Atlético-MG, onde a agressão ocorreu, o defensor foi sucinto. "Estamos com você, irmão!", ele afirmou. Os atletas Cebolinha, Thiago Maia e Pablo, no entanto, acompanharam Pedro até uma delegacia de Belo Horizonte e serviram como testemunhas para o caso. Lá, o atacante realizou um exame de corpo de delito e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra Fernandez, que também foi levado para o local.

ENTENDA O CASO
Segundo o portal ge, a agressão teria ocorrido no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Galo, se recusar a continuar o aquecimento depois que os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo foram escolhidos para entrar na partida.

"Poderia estar aqui falando dos escassos minutos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli", escreveu o jogador.

Na coletiva de imprensa de Sampaoli, o assunto foi sumariamente ignorando. Segundo o site "Coluna do Fla", a falta de um posicionamento público do treinador argentino aliado a uma fraca justificativa de Sampaoli para os atletas dentro do vestiário causou um enorme mal-estar com os jogadores do clube carioca.

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