O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, afirmou nesta quinta-feira, 9, que a vice-presidente de Habitação do banco público, Inês Magalhães, "já entregou resultado". Ele não confirmou se ela continua no cargo, mas o <i>Broadcast Político</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que há um acordo entre o PT e o Centrão para que Inês permaneça no posto.
"Não há quem se sustente em cargo algum se não der resultado", declarou Vieira a jornalistas, antes de dizer que Inês entregou resultados. Em seu discurso de posse, o presidente do banco público fez questão de citar Inês em nome de todos os VPs. "Ela é um grande quadro do governo federal. É uma pessoa que tem um histórico de entregas."
Pesa a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Vieira. Os dois já trabalharam juntos.
O novo presidente da Caixa foi secretário executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.
A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, "transita bem com todo mundo". Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.
Vieira disse que a dinâmica de trocas de cargos é natural e passa pela garantia da sustentabilidade do governo. Ele afirmou que a Caixa vai reforçar sua assessoria parlamentar para levar informações a deputados, mas pontuou que o objetivo não é resolver questões de emendas.
O presidente da Caixa disse que a primeira entrega de sua gestão já foi feita e diz respeito ao Desenrola. Num segundo momento, o foco de trabalho será a modernização das agências, que passarão por um processo de reambientação. Em 2024, serão 800 agências e a previsão é concluir toda a ação em dois anos.
Em relação ao debate sobre o parcelado sem juros do cartão de crédito, Vieira disse que ainda precisa se inteirar mais sobre o tema e só falará após conversar com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Ele também destacou que a parceria com o Banco do Brasil é um aspecto importante e relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu união entre bancos públicos. Por isso, ele já iniciou conversas com outros bancos estatais além do BB, como o Banco do Nordeste, e a ideia é ampliar a sinergia entre as instituições.