A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está otimista com o desenvolvimento da safra 2015/16. Durante a apresentação do segundo levantamento, o diretor de Política Agrícola e Informações da estatal, João Marcelo Intini, considerou nesta terça-feira, 10, que o ciclo e vigor da instalação das lavouras no centro do País se dará agora, com chegada de chuvas. Segundo ele, a Conab costuma ser cautelosa nas suas projeções e normalmente a colheita realizada é superior à projeção inicial do órgão.
“Nossa conduta é de apuração e certo conservadorismo e precaução nas informações. Normalmente o realizado fica ligeiramente mais alto que as nossas projeções”, afirmou Intini.
Ele observou, ainda, que a soja continuou a ser o “carro-chefe da safra de grãos” e basicamente é a responsável por puxar a expansão de 2,1% frente a safra de grãos anterior.
Intini também avaliou que a oferta de trigo, por enquanto, ainda é maior que a da safra passada. Ele, no entanto, não escondeu que há alguma preocupação com a produção de trigo no Sul, onde as chuvas têm sido excessivas. “Estamos monitorando a qualidade do trigo por preocupação com clima”, afirmou.
Para o diretor, a segunda safra tem sido surpresa positiva nos últimos anos e ela pode apresentar recorde de produção no ciclo 2015/16. “Temos toda condição de fechar a safra em patamar superior ao que estamos divulgando agora”, ponderou.
Questionado sobre a redução de área plantada que tem sido observada, Intini argumentou que a redução está ocorrendo em áreas muito específicas e disse que ao longo do tempo a situação pode ser revertida.
Desastre ambiental
A Conab irá avaliar os impactos do desastre ambiental em Minas Gerais na produção agrícola. Intini, ponderou, no entanto, que o momento é de se preocupar com as pessoas. “Ainda não há informações sistematizadas. Não sabemos até onde haverá influência”, disse. “Depois iremos avaliar se há impacto dessa lama nas lavouras de café, mas momento é de preocupação com pessoas”, afirmou.
