Atingidos por desmoronamentos de alguns barrancos, moradores do Parque Continental V estão sem a assistência da Defesa Civil Municipal. É o que de nuncia a vendedora Gisele de Godoy, 30 anos, que teve a lavanderia de sua casa invadida por aproximadamente 1,60 metro de lama que desceu de um barranco no início desta semana.
A moradora conta que a ajuda da Defesa Civil foi tardia e falha. "Liguei para eles na terça-feira e só recebemos uma visita na quinta-feira à tarde. Se dependesse da Prefeitura para evitar o pior, estamos perdidos", ressalta. Gisele disse ainda que, ao vistoriar a residência, a equipe orientou a família a utilizar apenas parte da casa. "Isso é um absurdo, uma situação completamente insegura. Se o barranco terminar de desmoronar, não cairá apenas sobre dois cômodos da minha casa", frisa.
Já a Prefeitura informa que está prestando assistência às comunidades afetadas com as chuvas e publicou, no Diário Oficial do Município desta sexta-feira, o decreto de número 28382, que declara situação anormal na cidade, caracterizada como situação de emergência as áreas atingidas pelas chuvas.
Na publicação a situação de anormalidade é válida por 90 dias nas regiões que fazem margem com o Rio Tietê, Vila Any, Jardim Izildinha, Jardim Guaracy, Vila Laurita e Jardim Santo Afonso, nas áreas localizadas em bacias do Rio Baquirivu Guaçu, dentre as quais estão Jardim Presidente Dutra, Haroldo Veloso e Jardim Cumbica, e nas regiões situadas nas encostas da Serra da Cantareira, como Mikail, Continental e Recreio São Jorge.
A Prefeitura também anunciou que a Secretaria Municipal da Saúde, juntamente com equipes de outras Pastas, realizou na manhã desta sexta-feira uma vistoria na Vila Any para verificar a situação local.