Em produção em série desde o início do mês na fábrica de São José dos Pinhais (PR), o Golf nacional, que substitui a versão até agora importada do México, começou a chegar às revendas da marca Volkswagen na semana passada, inicialmente apenas para test-drive. As vendas oficiais serão liberadas nos próximos dias.
Para produzir o modelo global, a fábrica paranaense, inaugurada em 1999, passou por ampla reestruturação, que inclui ampliação da área produtiva e instalação de novos equipamentos. Entre eles estão 168 robôs de última geração no setor de armação, onde ocorre a montagem das carrocerias.
Segundo a empresa, além da tecnologia avançada, os novos robôs são mais rápidos, menores, mais precisos e têm controles digitais de alta eficiência. Esses equipamentos são 25% mais eficientes energeticamente se comparados à geração anterior.
Com o novo processo produtivo, a Volkswagen consegue fazer na mesma linha os modelos da família Fox (em produção desde 2003) e o Golf, sinergia considerada inédita pela empresa. Paralelamente, também é fabricado o modelo de luxo A3, da Audi, marca coligada do grupo alemão.
O investimento no projeto não foi revelado, mas está incluído no plano de R$ 10 bilhões para o período 2014 a 2018.
Segundo David Powels, presidente da montadora no Brasil, “a fabricação do novo Golf é mais um sinal do compromisso de longo prazo que a Volkswagen tem com o País”.
Ele ressalta que, mesmo no cenário econômico desafiador – em que as vendas de carros caíram 25% no ano passado e devem registrar nova queda de 7% neste ano -, a empresa mantém investimentos no desenvolvimento de novos produtos.
O Golf é o terceiro carro global da marca produzido localmente. O compacto up! é fabricado na unidade de Taubaté (SP) e o sedã Jetta é montado em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Para a produção do novo modelo não houve contratações, informa a Volkswagen, mas os 2 mil funcionários da fábrica passaram por programas de qualificação profissional. Os preços das novas versões do Golf ainda não foram divulgados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.