Variedades

Volta de Tom Cavalcante reforça valor do riso pop na TV paga

Há três anos afastado da TV, Tom Cavalcante ensaia seu retorno em doses homeopáticas no Multishow, canal que o trouxe de volta de um (bom) exílio em Los Angeles para a realização de dois programas em 2015. Antes que sua primeira série chegue à tela, o que está previsto para junho, Tom vai dando as caras na emissora por intermédio de participações especiais em títulos alheios. Já esteve no Prêmio Multishow, no qual apresentou uma performance de Dinho, do Mamonas Assassinas, e na semana passada compôs um episódio de Trair e Coçar.

Sua chegada ao Multishow só endossa a vocação que o canal encontrou para fazer humor popular na TV paga, abrindo um nicho que veio a calhar com o interesse do humorista em voltar a frequentar a TV brasileira. A saída de cena do cearense, em novembro de 2011, foi fruto de comum acordo com a Record, na qual ainda teria mais um ano de contrato a cumprir. “O que aconteceu na Record é que eu não estava feliz”, disse ele ao Estado, em entrevista concedida num dos intervalos das gravações do Trair e Coçar. A rescisão se deu em bases amigáveis, o que motivou a ida do humorista a Los Angeles, onde fixou residência na condição de estudante.

Da saída da Globo para a Record, em 2004, também antes do vencimento do contrato, acredita que não deixou portas fechadas. Mas que havia resistência ao seu nome, até pouco tempo atrás, isso havia. Depois de uma bem-sucedida carreira na líder, afinal, com holofotes conquistados na Escolinha do Professor Raimundo, no Sai de Baixo, no Zorra Total e até num programa solo, o Megatom, o humorista partiria para faturar um salário de alguns zeros a mais – à direita – o que, como todo elefante, sempre incomoda muita gente.

A contratação pelo Multishow, braço do grupo Globo na TV paga, é um indício de que seus problemas por lá acabaram – ou porque o alto comando da Globo mudou completamente de dois anos para cá, ou porque de fato as picuinhas se perderam no tempo.

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