A volatilidade deu o tom dos negócios na Bolsa brasileira na manhã desta segunda-feira, 24, em um pregão de liquidez especialmente reduzida. Depois de ter caído até 1,07% na primeira hora de negociação, puxado pelas ações de commodities metálicas, o indicador passou ganhar fôlego e ensaiou uma recuperação no fim da manhã.
As altas são lideradas pelas ações da Petrobras – na esteira da virada dos preços do petróleo – e dos papéis do setor financeiro.
"É um dia de baixo volume de negócios e de fraqueza nas bolsas internacionais, além de bastante ruído no cenário político. É um cenário propício para a volatilidade", afirma Pedro Galdi, da Mirae Asset.
Às 11h11, o Ibovespa tinha 104.564,13 pontos, em alta de 0,19%. Vale ON recuava 3%, enquanto Petrobras PN subia 1,76%.
Mais cedo, nas primeiras horas de negociações, a forte queda dos preços do minério de ferro na Ásia derrubou as ações da Vale e das empresas siderúrgicas, o que foi determinante para a abertura negativa do Ibovespa.
Mas o sinal negativo já era moderado, uma vez que outros papéis de peso, como os da Petrobras e dos bancos aliviavam a pressão vendedora das ações metálicas. Além disso, o dólar perdeu fôlego e passou a oscilar perto da estabilidade, chegando a testar a queda por alguns minutos.
Durante a manhã, o destaque doméstico ficou por conta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com um discurso contundente sobre a questão fiscal. "Ninguém pune o Banco Central por não cumprir meta de inflação. O resultado fiscal não depende somente do Executivo, depende do Congresso e do Judiciário", afirmou.
Haddad defendeu o fim da "caixa preta" das renúncias fiscais e disse que a base fiscal do país é corroída por instrumentos "ilegítimos e anômalos". "Defendo a explicitação dos beneficiários de renúncias fiscais", disse.