Volume de operações no Programa Tesouro Direto caiu 17,02% em 2020

Em meio à pandemia de covid-19, as operações com títulos no Programa Tesouro Direto caíram 17,02% em 2020, de acordo com dados do Tesouro Nacional. A quantidade total de operações na modalidade chegou a 4,57 milhões – média de 381.329 operações por mês.

Com a recessão econômica do ano passado, as emissões de títulos dentro do programa recuaram 20,30% em relação a 2019, ficando em R$ 24,61 bilhões. Já os resgates caíram 13,62% na mesma comparação, somando R$ 26,70 bilhões no ano passado – sendo R$ 24,25 bilhões em recompras e R$ 2,44 bilhões em vencimentos.

Apesar do resgate líquido de R$ 2,09 bilhões, o estoque do Tesouro Direto cresceu R$ 3,06 bilhões em 2020, encerrando o ano em R$ 62,70 bilhões. O volume representa um aumento de 5,13% em relação ao saldo no fim de 2019.

O número de investidores ativos, que de fato mantêm aplicações no programa, cresceu 20,19% no ano passado, chegando a 1,443 milhão de pessoas no fim de 2020.

Apenas em dezembro, 67.839 novos investidores passaram a ter papéis do Tesouro por meio do programa, o maior acréscimo mensal da série histórica. Já o número de pessoas cadastradas no programa já chega a 9,200 milhões.

De acordo com o Tesouro, os títulos mais demandados pelos investidores do programa no ano passado foram aqueles remunerados pela Selic, que totalizaram R$ 11,47 bilhões, ou 46,62% das vendas em 2020. Os papéis atrelados à inflação somaram R$ 8,10 bilhões (32,02% das emissões), enquanto os títulos prefixados ficaram em R$ 5,03 bilhões (20,46% das vendas.)

A maior parte dos títulos emitidos no Tesouro Direto em 2020 teve vencimento de um a cinco anos (46,01%), seguido pelos papéis com prazos de cinco a dez anos (29,13%), e pelos títulos de mais de dez anos (24,86%). O Tesouro destacou ainda que 67,23% de todas as operações de investimento no programa no ano passado envolveram valores até R$ 1 mil.

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