As novidades tecnológicas, apresentadas pelo mercado a cada dia, colocam em atenção a qualidade de vida principalmente dos jovens, no que diz respeito à audição. O alerta é da fonoaudióloga Camila Quintino. "Os integrantes da chamada Geração Y não têm ideia do risco que estão correndo, com o uso indiscriminado de fones de ouvido e do ruído exagerado", informa.
Segundo a fonoaudióloga, o uso frequente de iPod, iPhone, celulares, walk-man, mp3 e mp4 pode provocar a perda gradativa de audição. Camila explica que a exposição prolongada a um nível de intensidade sonora acima do tolerável pode provocar a perda gradativa da audição. O ruído superior a 85 decibéis, como o registrado em discotecas e aeroportos, por exemplo, é considerado nocivo à saúde auditiva, assim como o volume inadequado de aparelhos de som.
"O ideal é não ultrapassar setenta por cento da capacidade do aparelho, e não usar um volume que impeça a percepção de ruídos do ambiente externo", recomenda a fonoaudióloga.
Segundo Camila, é no convívio diário com a família que a perda de audição começa a ser percebida. "As pistas de problemas surgem quando a pessoa pede para os outros repetirem o que haviam falado e começa a aumentar cada vez mais o volume da televisão; e isso independe da idade", adverte.
A fonoaudióloga alerta também que o grau de perda da audição é variável e difícil de mensurar. "Dependendo da predisposição de cada um e a frequência a que a pessoa foi exposta ao ruído, a perda levar até dez anos".