A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse nesta terça-feira que União Europeia (UE) "manterá a pressão sobre o Kremlin pelo tempo que for necessário, com um regime de sanções mordaz", durante coletiva de imprensa ao lado do Secretário-Geral da Organização do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Além disso, Von der Leyen afirmou que as sanções serão estendidas "àqueles que apoiam militarmente a guerra da Rússia, como Belarus ou Irã".
Ao reforçar a posição da UE em seu apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia, cuja invasão completará um ano em fevereiro, a presidente da Comissão comentou que o bloco continuará a assistir Kiev "enquanto necessário", ao mesmo tempo que atentou para a necessidade a UE de aumentar a capacidade produtiva de sua indústria de defesa.
Von der Leyen levantou quatro pontos que julga serem os mais necessários atualmente para a UE seguir, os quais incluem o aumento do combate a ameaças cibernéticas, a intensificação da cooperação tecnológica entre os países membros, maior atenção à questão da crise climática global e o fortalecimento da resiliência do bloco, referindo-se à segurança da rede de infraestrutura do bloco. Este último ponto foi levantado por Von der Leyen ao relembrar da sabotagem do Nord Stream e da crescente presença da China no cenário internacional.
"As ameaças e desafios russos são os mais imediatos, mas não são os únicos. Também testemunhamos a China cada vez mais tentando remodelar a ordem internacional em seu benefício", disse a presidente.