Uma briga generalizada entre passageiros causou atraso de cerca de uma hora na decolagem de um voo da Gol, que seguia de Salvador, na Bahia, para Congonhas, em São Paulo, nesta quinta-feira, 2. A confusão teria começado após uma passageira solicitar que outra cedesse seu lugar na janela pois estava acompanhada de uma criança com necessidades especiais. Após tapas, puxões de cabelo e muita gritaria, 15 pessoas foram retiradas da aeronave. A Gol confirmou que os brigões não seguiram viagem.
Imagens que circulam em redes sociais mostram quando as mulheres trocam tapas, xingamentos e puxam os cabelos uma das outras. Alguns homens tentam separar a confusão sem sucesso. Os comissários de bordo intervêm e, mesmo com a ajuda de outros passageiros, não conseguem controlar os briguentos. Uma das mulheres chegou a saltar sobre a poltrona para atingir outra passageira. Os envolvidos seriam de duas famílias numerosas que não se conheciam e apenas compartilhavam o voo.
Nas redes, pessoas que estavam no voo disseram que a confusão começou quando a mãe da criança com necessidades especiais pediu para trocar de lugar com uma passageira que estava na janela. A mulher teria concordado, mas após ocupar outro assento, ligou para o marido reclamando da situação com um xingamento. A irmã da criança ouviu e teria iniciado a briga.
É possível ver nas imagens que as pessoas estão com máscara, já que ainda vigora resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obrigando o uso do protetor facial em aeroportos e no interior de aviões.
Devido à confusão, a empresa aérea pediu apoio à Polícia Federal do aeroporto para a retirada dos passageiros do avião. O voo G3 1659, com destino a Congonhas, em São Paulo, que deveria ter saído às 13h45, decolou por volta das 15 horas.
Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nos casos de atraso a partir de uma hora, independentemente do motivo, a companhia deve dar direito aos passageiros de se comunicarem por internet ou telefone, não havendo obrigação de outro tipo de assistência.
A concessionária do Aeroporto de Salvador informou que as medidas necessárias em relação ao episódio foram tomadas pela Gol, companhia aérea responsável pelo voo, e pela Polícia Federal, que tem jurisdição sobre a área restrita do aeroporto. A reportagem entrou em contato com a PF e ainda aguarda retorno.
Em nota, a Gol informou que as cenas dos vídeos que circulam nas redes sociais aconteceram antes da decolagem do voo. "As pessoas envolvidas que protagonizaram a cena de agressão foram desembarcadas e não seguiram viagem. A Companhia lamenta todo ato de violência e reforça que as ações realizadas pela equipe de tripulantes foram tomadas com foco na segurança, valor número 1 da Gol", disse.