O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que ainda faltam votos para que o governo aprove a reforma da Previdência, mas diz ainda acreditar que ela será aprovada este mês. “O jogo está recomeçando”, disse o ministro. Segundo ele, fevereiro é uma espécie de “prorrogação” e não há chances de que a reforma fique para março. “Votação não ficará para março, o processo de discussão e votação será em fevereiro”, completou.
Marun, que inicialmente disse não saber quantos votos o governo tinha, acabou admitindo nesta segunda-feira, 5, que, na contagem oficial que está coordenando, há necessidade de buscar pelo menos 40 votos. “Num universo de 80 a 100 indecisos, não é uma missão impossível”, destacou.
Um pouco antes de falar em números, Marun tinha dito apenas que não sabia quantos votos tinha, mas “no dia 20 teremos os 308 votos”.
Ao ser questionado sobre possíveis mudanças no texto durante o trabalho de discussão no congresso, Marun reiterou que o governo não quer que a reforma perca a sua essência de combater privilégios. “Somos o governo do diálogo e podemos ainda aceitar apoiar propostas desde que não firam o espírito da reforma”, afirmou.
Contagem
A poucos dias da votação da reforma da Previdência na Câmara, o governo conseguiu contabilizar no máximo 237 deputados favoráveis à proposta, segundo planilha de cruzamento de votos obtida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Aliados do governo têm dito possuir 270 votos, mas o cenário mostra que o caminho a ser trilhado é ainda maior. Para conseguir aprovar a proposta, são necessários 308 votos em dois turnos de votação.