Apesar da aprovação do projeto de saúde do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, uma vitória no Senado ainda se mostra difícil, apesar do presidente Donald Trump, ter dito que se sentia “confiante” em relação ao assunto. Senadores republicanos afirmaram que pretendem deixar de lado o projeto de reforma na saúde, que foi formulado pelos líderes da Câmara para escrever sua própria versão, em um sinal de que continuará sendo difícil revogar e substituir o Ato de Tratamento Acessível, conhecido como Obamacare.
“Não podemos tirar o tapete de estados como Nevada, que ampliou o Medicaid, e precisamos de garantias de que as pessoas com condições pré-existentes serão protegidas”, disse o senador republicano Dean Heller (Nevada). Rob Portman (Ohio), outro senador republicano, deixou claro que não apoia o projeto da Câmara da forma como está construído. “Continuo a ter preocupações de que esta lei não faz o suficiente para proteger a população de Ohio”, afirmou em um comunicado.
Em seu perfil no Twitter, o senador Lamar Alexander (Tennessee) parabenizou a Câmara pela aprovação, mas ressaltou que “o Senado irá finalizar o trabalho em sua própria lei, mas vamos levar o tempo certo para acertarmos”. Já o senador Lindsey Graham (Carolina do Sul) disse, no Twitter, que terá prazer em revisar o projeto da Câmara, já que “um projeto de lei finalizado ontem e com apenas três horas de debate deve ser visto com cautela”.
Após a decisão da Câmara, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell (Kentucky), afirmou que irá esperar o parecer do Escritório para o Orçamento Congressual (CBO, na sigla em inglês), organização independente que realiza estimativas sobre o impacto de novos programas. Em sua primeira avaliação, o CBO afirmou que o projeto dos líderes da Câmara deixaria 14 milhões de pessoas sem cobertura de saúde. O CBO, no entanto, ainda não fez uma estimativa sobre o novo projeto de lei. (Victor Rezende – [email protected])