O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse estar à disposição das autoridades e do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre a troca de mensagens interceptadas pela Operação Lava Jato que apontam sua relação com a empreiteira OAS. Nesta quinta-feira, 7, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que mensagens de celular obtidas pelos investigadores mostram conversas diretas entre o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, e Wagner, bem como menções ao nome do ex-governador da Bahia em diálogos entre executivos da empresa.
Em nota encaminhada à reportagem no início da tarde, Wagner disse estar “absolutamente tranquilo” quanto à sua “atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil”. A assessoria do ministro foi contatada no fim da tarde de quarta-feira, 6, para manifestações sobre a matéria.
Além de se declarar à disposição das autoridades competentes pela investigação, o ministro Jaques Wagner afirmou que “repudia” vazamentos de informações. Os diálogos com o empreiteiro da OAS obtidos pela reportagem são mantidos em sigilo pela Justiça. “Manifesto meu repúdio à reiterada prática de vazamentos de informações preliminares e inconsistentes, que não contribuem para andamento das apurações e do devido processo legal”, escreveu o ministro.